quarta-feira, 11 de julho de 2012

A VERDADE DO DÍZIMO


Os líderes religiosos do sistema, hoje usam o texto de Malaquias 3, afirmando que o mesmo é Bíblico, para tentar tirar o dinheiro dos fiéis, usando de um terrorismo espiritual, acusando os fiéis de estarem “roubando a Deus”.
Malaquias 3 diz:
“8 Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. 9 Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda. 10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha à maior abastança.”


O pior, é que, como já citei, os líderes espirituais, em muitos casos afirmam que se você não dá o dízimo, está sobre maldição, mas isso contradiz o que os mesmos pregam, pois Gálatas 3:13, afirma que: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;”

Devemos entender que essa prática sempre esteve presente em Israel para o sustento exclusivo da ordem levítica, e era uma atribuição “exclusiva” dos Judeus em prover tal sustento, e uma atribuição exclusiva dos Levitas em receber. Eram recursos destinados em parte, também para  distribuição aos pobres, e  principalmente, o dízimo era dado na forma de mantimentos, pois o dinheiro não era algo de fácil circulação na época em que o dízimo foi instituído, e o povo disponha do dízimo do que produzia nos campos, ou dos seus rebanhos para o sustento da classe sacerdotal, e isso se tornou uma indústria, um comércio, e foi esse quadro que Jesus achou no Templo quando expulsou os vendilhões, pois até casa de câmbio existia para os mais abastados da sociedade, que moravam em localidades distantes. Vendiam-se as ovelhas e outros animais para o sacrifício, onde eram comercializados até dez vezes mais caro do que o preço comum da época. O pior, é que se você desejar ajudar algum necessitado nos dias de hoje, você será encorajado a fazê-lo, mas sem que o valor do dízimo seja abalado, ou seja, ajude “por fora”, mas não retire do dízimo que é da Igreja, é de “Deus”, como se Deus precisasse de dinheiro para que a Sua palavra fosse pregada, esquecendo que “de graça recebeis, de graça dais”. Sendo o socorro aos necessitados algo mais urgente e totalmente dentro dos ensinamentos de Jesus quando o mesmo afirmou em Mateus 25: 

“34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos  está preparado desde a fundação do mundo; 35 porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; 36 estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. 37 Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? 38 Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? 39 Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? 40 E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.”


Gostaria que, alguém me mostrasse em todo Novo Testamento, algum gentio dando o dízimo. Mas fico tranqüilo, pois ninguém vai achar essa passagem, sabe por quê?
Não existe!!!
Em nenhuma ocasião, o dízimo é mencionado em qualquer das instruções dadas à igreja.  Jesus(SAWS)  menciona os escribas e os fariseus que davam o dízimo (Mt 23:33;  Lc 11:42;  18:12), mas nunca mandou que seus discípulos dessem o dízimo.  O escritor aos hebreus se refere a Abraão que pagou dízimos (uma única vez e eram espólios de guerra) a Melquisedeque, e a Levi que pagou seu dízimo também a Melquisedeque através de Abraão (Hb 7:2, 5), mas nunca ensinou seus leitores a seguirem o exemplo deles.
O fiel contribui conforme resolveu no seu coração (2 Co 9:7) e conforme Deus o prosperou (1 Co 16:2).  Contribui, porque tem consciência de ser o - escravo (doulos, Rm 6:16;  1 Co 7:22;  Ef 6:6;  1 Pe 2:16) de Deus e sabe que nem ele, nem suas posses são realmente dele mesmo para empregar como deseja, e essencialmente ele é um mordomo encarregado com o manejar responsável dos bens que Deus os agracia.

Qual a visão correra então? Contribuições voluntárias.

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