Segundo o historiador americano, a violência do Corão é mais “defensiva” – e, “pelos padrões do século 7º, razoavelmente humana”. Já a Bíblia traz um tipo específico de violência que “nós só podemos chamar de genocídio”. No primeiro livro de Samuel (15:3), o profeta diz a Saul, a mando de Deus:
“Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até as ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos”.
Ou seja: completa aniquilação. A ordem era tão definitiva que, quando Saul decide poupar algumas das vítimas, Deus desabafa (15:12):
“Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir, e não cumpriu as minhas palavras”.
A fúria devastadora das Cruzadas (do século 11 ao 13) é exemplo da prática dos ensinamentos da Bíblia.
Jenkins afirma, porém, que o judaísmo e o cristianismo, com o passar dos séculos, deixaram a violência da Bíblia somente no campo das representações. Hoje, diz ele, “aniquilar o inimigo” significa simplesmente combater os próprios pecados.
Fonte http://blogs.estadao.com.br/
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