terça-feira, 3 de dezembro de 2013

OS MUÇULMANOS, JESUS, MARIA E O NATAL



Os muçulmanos respeitam e reverenciam Jesus (que a paz esteja sobre ele). Nós o consideramos um dos grandes mensageiros de Deus para a humanidade. O Alcorão confirma seu nascimento virginal, e um capítulo do Alcorão é intitulado ‘Mariam’ (Maria). O Alcorão descreve o nascimento de Jesus como se segue:
Recorda-te de quando os anjos disseram"Ó Maria, é certo que Allah te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade! (Surata 3:42)
No Sagrado Alcorão (Surata 3:45-48) a anunciação a Maria (as) é assim relatada:
 E quando os anjos disseram: Ó Maria, verdadeiramente Allah te anuncia o Seu Verbo, seu nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, honrado neste mundo e no outro, e estará entre os próximos a Allah.
Dentre as religiões reveladas, nós muçulmanos consideramos o cristianismo a mais próxima, uma vez que, tal como os cristãos, nós honramos e amamos Jesus (as) e sua abençoada mãe, a Virgem Maria (as).

Muitos nos perguntam se comemoramos o natal, e a resposta é não, justamente porque a própria data exata do nascimento de Jesus (as) não é conhecida e o 25 de dezembro é uma data pagã que foi transformada em data oficial, visto que no panteão dos deuses pagãos, a grande maioria dos “lideres” salvadores nasceram neste dia, sendo um total desrespeito ao mestre Jesus (as) que o comparemos com esses “ícones” pagãos, a exemplo de: Mitra (Pérsa) 1200 a.C. nasceu em 25 de dezembro; Horus (egípcio) 3000 a.C. que nasceu dia 25 de dezembro; Attis (Frígia – Roma) 1200 a.C.,  nasceu dia 25 de dezembro; Krishna (hindu – índia) 900 a.C,  Nasceu dia 25 de dezembro; Herácles (Grécia) 500 a.C., nasceu em 25 de dezembro.
Conforme Eusébio de Cesaréia (265-339 d.C.), que foi o supervisor da doutrina cristã (entenda-se criação da Bíblia), nomeado pelo imperador Constantino, em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, escreve que ”às vezes é necessário mentir para beneficiar aqueles que requerem tal tratamento”. Ou seja, a falsidade era utilizada com objetivo de promover o cristianismo oficial. Pois necessitavam criar evidências a favor da estória que pregoavam. Além de que a Igreja passou mais de mil anos destruindo tudo que considerava contrário aos seus dogmas e interesses, só deixando o que lhe favorecia.
Sendo devido ao respeito ao Messias, e para cumprir a vontade de Allah de caminhar na senda reta, da justiça e verdade que não comemoramos essa data inventada e deturpada. Mas quero deixar claro que diferente do que muitos pensam, nós temos grande respeito ao Messias e principalmente ao que ele mesmo pregou.
Claro que sempre é importante a reflexão de paz, harmonia e bondade, mas que essas qualidades não se restrinjam a uma data como “símbolo” mas que sejam ações constantes na vida de um seguidor de Deus, independente de qual religião segue ou não, pois conheço vários ateus e adeptos de outras crenças não cristãs que demonstram no seu dia a dia mais amor e compaixão do que muitos cristãos. 
  
Erickson "Abdul Rahman" Ribeiro
é professor de Literatura e Lingua Inglesa
Membro Convidado da Comiss.da OAB de Iguadade Racial e Diversidade Religiosa
Pós-Graduando em Educação Ambiental
Especialista em Midias na Educação
Fez Teologia, é Ex-pregador da Igreja Batista
Fotógrafo

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