segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Como Abrir uma Igreja "Evangélica"


A cada dia que passa um grande mercado vem crescendo no Brasil: as igrejas evangélicas. E ao contrário do que se pensa não é necessário muita coisa para fundá-las, motivo pelo qual só no Rio de Janeiro na década de 90 segundo pesquisa do ISER (Instituro Superior de Estudo da Religião) a conclusão foi de que a cada semana surgem 5 novas igrejas. Ou seja, se levarmos em conta que os dias úteis da semana são 5, podemos dizer que surge uma nova igreja por dia em terras cariocas e fluminsenses.

Obviamente não nos referimos aqui as igrejas tradicionais como por exemplo a Luterana, Batista, Metodista e Presbiteriana. Embora hoje em dia hajam algumas tentaivas de se inovar utilizando-se por pura estratégia de marketing tais nomes e assim se modifica a doutrina. Como por exemplo o fato da Igreja Metodista hoje já ter sua versão pentecostal, que entra em desacordo com sua doutrina primitiva.

Hoje é possível se encontrar denominações evangélicas para todos os gostos tais como surfistas, fanqueiros, analfabetos, letrados e tantos outros.

Quanto a preparação do pastor isso é o que menos importa pois já existem cursos para formação de pastores a distância por internet ou correspondência em apenas 6 meses. Isso quando o pastor sabe ler, pois espantosamente existem igrejas principalmente na periferia e nos grandes subúrbios do país em que o líder religioso é semi-analfabeto.

Como então se montar uma igreja:



  1. Arrume a garagem de sua casa ou da de algum amigo. Coloque nela algumas cadeiras.


  2. Compre parcelado um amplificador, afinal de contas o volume máximo acima dos decibéis permitidos pela lei deve ser a marca registrada da mesma para poder se chamar os novos fiéis.


  3. Pegue títulos alheios até mesmo as denominações cristãs e se auto-intitule Bispo, ou Pastor ou Presbítero de sua igreja. Caso questionem sua sucessão, diga que recebeu por inspiração divina este título em uma noite que estava orando em um morro qualquer. Porém denomine-o de monte. Fica mais poético e bíblico.


  4. Por falar em bíblico, tenha uma Bíblia velha em mãos. Não precisa ter estudado toda ela, pois a aparência da mesma dará a entender as pessoas que você é um estudioso das escrituras.


  5. Prometa milagres que não poderão ser comprovados pela lei. Assim ninguém poderá te processar.


  6. Estipule os 10% do dízimo que deverão ser pagos em mãos ou na sua conta bancária e que o mesmo será para Jesus, mas o mesmo não poderá ser doado a nenhuma família carente ou instituição de caridade, pois senão o seu dinheiro não será abençoado e você não receberá mais a benção de Deus.

  7. Esqueça as doutrinas bíblicas. Crie a sua própria doutrina. Quanto mais rigorosa, mas as pessoas irão querer te seguir pois o verão como um discípulo direto de Jesus tal como Paulo de Tarso se dizia ser.

  8. Após isso seja criativo e escolha um nome bem chamativo e original. Não se esqueça por mais humilde que seja o estabelecimento, colocar algo bem pomposo após o nome como por exemplo: Sede Mundial.


  9. Se após tudo isso sua igreja começou a aumentar o número de fiéis e o rendimento, falta agora oficializá-la: junte 8 pessoas, faz-se a reunião para se lavrar a ata de fundação, elabora-se o estatuto para registrá-lo em cartório e depois é só dar entrada no CNPJ.
Bons Negócios e uma feliz e lucrativa vida sem a necessidade de um trabalho formal.
É interessante notarmos que antigamente usávamos a expressão "uma ingreja em cada esquina". No entanto hoje em dia é comum vermos até 6 igrejas em um mesmo quarterão. Infelizmente constatamos que o famoso jeitinho brasileiro chegou também a fé. Há inclusive os que irônicamente dizem: "Se Jesus é o caminho a igreja é o pedágio".
O que achamos irônico é que pessoas de tais denominações ainda num ato unfanistas se arrogam de serem juizes dos demais membros de outras religiões dizendo quem vai ou não para o inferno. No entanto se os mesmos lessem seus próprios livros veriam que está escrito nele que apenas Deus é o juiz.
Temos notado em certas pesquisas também que a maioria dos pastores fundadores de tais igrejas são desempregados e com isso buscam uma oportunidade de negócios, e para isso como exposto acima não são necessários grandes conhecimentos, basta apenas saber mexer com o emocional alheio de um povo já tão desesperado e necessitado que crê no primeiro charlatão que se apresentar como tábua de salvação.

EXTRAIDO DO BLOG: A NOVA CRUZADA

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