Essa é uma construção gramatical conhecida como plural de majestade. Muitos idiomas usam essa construção como o árabe, o hebraico e o urdu. Ouvimos membros de várias famílias reais ou dignitários usando a palavra nós, como “nós decretamos” ou “nós não estamos satisfeitos”. Não indica que mais de uma pessoa está falando; mas sim, denota excelência, poder ou dignidade daquele que fala. Quando temos esse conceito em mente, fica óbvio que não há ninguém mais merecedor de usar o “nós” de majestade do que Allah - Deus.
“Um Livro que Nós te temos revelado para que retires os humanos das trevas (e os transportes) para a luz...” (Alcorão 14:1)
“Nós enobrecemos os filhos de Adão e os conduzimos pela terra e pelo mar; agraciamo-los com todo o bem, e preferimos enormemente sobre a maior parte de tudo quanto Nós criamos.” (Alcorão 17:70)
“Se quiséssemos, poderíamos anular tudo quanto Nós te temos inspirado, e não encontrarias, então, defensor algum, ante Nós.” (Alcorão 17:86)
“Ó humanos! Se estais em dúvida sobre a ressurreição, reparai em que Nós vos criamos do pó…” (Alcorão 22:5)
Estudioso islâmico respeitado do século 13, o sheikh al Islam Ibn Taymiyyah disse que: “Toda vez que Allah usa o plural para referir-Se a Si mesmo, é baseado no respeito e honra que Ele merece, no grande número dos Seus nomes e atributos e de Suas tropas e anjos.”
O uso das palavras nós, nahnu ou nós, inna, de forma alguma indicam que exista mais de um deus. Não têm nenhuma correlação com o conceito de trindade. Toda a fundação da religião islâmica se apoia na crença de que só existe um Deus e Muhammad é Seu mensageiro final.
“Vosso Deus e Um só. Não há mais divindade além d’Ele, o Clemente, o Misericordiosíssimo.” (Alcorão 2:163)